A criança interior é um termo utilizado na psicologia e no desenvolvimento pessoal para descrever uma parte de nós mesmos que carregamos ao longo da vida.
Ela representa o nosso eu infantil com todas as suas emoções, necessidades, alegrias e traumas, pois, está interior está presente desde o nascimento e vai se desenvolvendo à medida que crescemos.
Durante a infância, ela é a parte de nós que está conectada com a inocência, a curiosidade e a capacidade de se maravilhar com o mundo, porém, nem sempre temos uma infância feliz e livre de problemas.
Traumas, decepções e rejeições podem afetar essa criança interior fazendo com que ela se sinta insegura, carente e ferida.
Quando adultos, muitas vezes, perdemos o contato com a nossa criança interior, pois, a sociedade nos ensina a sermos sérios, responsáveis e a reprimir nossas emoções.
No entanto, manter essa parte de nós mesmos esquecida pode causar problemas em nossa vida adulta.
Podemos sentir um vazio interno, dificuldades nos relacionamentos, falta de criatividade e até mesmo problemas de saúde.
Reconectar-se com a criança interior significa trazer à tona todas essas emoções, dar-lhe atenção e cuidado.
É um processo que envolve autocompaixão, perdão e aceitação, em suma, é permitir-se viver a alegria, a espontaneidade e a liberdade que o seu eu infantil experimentava.
Existem diversas técnicas para fortalecer a relação com a criança interior, como a escrita terapêutica, a meditação, a imaginação guiada, entre outras.
É importante ressaltar que esse trabalho deve ser realizado com a ajuda de um profissional qualificado.
Ao se reconectar com a sua criança interior, você poderá experimentar mais plenitude, leveza e alegria em sua vida.
É um caminho de autoconhecimento e cura que pode trazer benefícios significativos para sua saúde mental e emocional.
Como a Criança Interior se Manifesta?
A criança interior é parte essencial de nossa personalidade, representando a pureza, inocência, curiosidade e alegria que muitas vezes perdemos ao longo do processo de amadurecimento.
Ela se manifesta de diferentes maneiras, desde remotas memórias de nossa infância até comportamentos e emoções presentes em nossa vida adulta.
A criança interior pode se manifestar através de sonhos vívidos e nostálgicos, nos quais revivemos momentos felizes de nossa infância.
Esses sonhos podem trazer um senso de nostalgia, trazendo à tona sentimentos profundos e reconexões emocionais.
Além disso, a criança interior também pode se expressar em momentos de diversão e espontaneidade.
Isso pode ser através de brincadeiras, danças ou até mesmo pulando na cama como se não houvesse amanhã, em suma, essas atividades nos conectam com a energia e inocência da infância.
Emocionalmente, a criança interior pode se manifestar através de respostas sensíveis e vulneráveis.
Por exemplo, quando nos sentimos magoados ou rejeitados, podemos reagir de maneira exagerada, como uma criança que não entende o porquê de não ser aceita.
Também podemos sentir uma alegria intensa, quase infantil, quando nos deparamos com coisas que nos trazem felicidade e prazer.
Para cuidar de nossa criança interior, é importante reconhecê-la, ouvir suas necessidades e nutri-la.
Isso pode envolver atividades que nos conectam com nossa infância, como passar mais tempo ao ar livre, brincar com animais de estimação ou engajar em hobbies criativos.
Também é fundamental nos permitir sentir e expressar nossas emoções de forma saudável, sem julgamentos ou críticas, assim como faríamos com uma criança real.
Em suma, a criança interior se manifesta em nossa vida adulta através de sonhos, comportamentos, emoções e respostas emocionais.
Cuidar dessa parte de nós mesmos nos permite reconectar com nossa essência mais pura e encontrar alegria e felicidade no presente.
Quais são as principais feridas da criança interior?
As principais feridas da criança interior são aquelas que resultam de experiências traumáticas ou negativas ocorridas durante a infância.
Essas feridas podem ter um impacto significativo na vida adulta e influenciar a forma como a pessoa se relaciona consigo mesma e com os outros.
Uma das principais feridas da criança interior é o abandono.
Quando uma criança se sente abandonada emocionalmente pelos pais ou cuidadores, ela desenvolve uma sensação de vazio e solidão.
Isso pode levar a uma busca desesperada por aprovação e atenção, bem como a dificuldades para confiar nos outros.
Outra ferida comum é o abuso, seja físico, emocional ou sexual.
Essas experiências deixam cicatrizes profundas na criança, que podem resultar em baixa autoestima, dificuldade em estabelecer limites saudáveis e problemas de confiança e intimidade.
A negligência também é uma ferida significativa.
Quando as necessidades básicas de uma criança, como alimentação, afeto e segurança, não são atendidas de forma consistente, ela pode internalizar a sensação de não ser digna de amor e cuidado.
Além disso, situações de rejeição, críticas constantes e expectativas irreais podem causar feridas na criança interior, resultando em insegurança, perfeccionismo e auto cobrança excessiva.
Para curar as feridas da criança interior, é importante buscar apoio profissional, como terapia ou aconselhamento, para processar e integrar essas experiências traumáticas.
Além disso, práticas como a autocompaixão, o autoconhecimento e a autenticidade podem auxiliar no processo de cura e transformação.
É necessário reconhecer e validar as emoções e necessidades da criança interior, buscando formas saudáveis de suprir essas necessidades e reconstruir uma base sólida de autoestima e amor próprio.
Criança Interior: Como Acolhê-la?
Você cuida da sua criança Interior?
Todos temos dentro de nós a criança que fomos um dia e cuidá-la dentro de nós é de importância vital para o desenvolvimento emocional e uma auto estima saudável.
“Exceto a minha criança interior não dou ouvidos a ninguém!”. Amy Winehouse
Muitas pessoas na infância tiveram feridas emocionais que ainda continuam não resolvidas e solucionadas ditando os rumos da sua vida.
Inclusive é possível podermos tentar compreender o que aconteceu para curá-la.
“Dentro de todo poeta existe uma criança precisando de carinho”. Luiz Machado
Quando você sentir uma emoção negativa, pergunte-se: Por que se sente assim? Logo após, tente compreender e busque a maneira de melhorar essas negatividades.
Enfim, esta criança interior dentro de você precisa de amor e aceitação.
Como Curar uma Criança Interior?
Imagine sua infância e veja como você era com, aproximadamente, 8 anos de idade.
Tente visualizar como era o seu físico e caso lhe custe olhe para alguma foto para refrescar a sua memória e captar o máximo de detalhes e lembranças que conseguir.
Agora, faça um exercício de visualização e imaginação, em suma, imagine-se quando você era criança, em seu quarto sozinho, o que você fazia quando estava lá?
Imagine essa fase da infância, veja o passado e lembre-se de cada detalhe, em suma, quais móveis havia no seu quarto, qual era a cor e o que você jogava?
Quanto mais detalhes reais você trouxer na imaginação melhor efeito causará ao exercício, pois, agora imagine-se como você é hoje e entrando no quarto que você tinha quando era pequeno.
Você abre a porta e vê uma criança cabisbaixa e insegura, em suma, quando você vê percebe que esta criança é você quando era pequeno.
Então, no quarto está você, exatamente, como você é agora e acompanhado por uma criança que é a da fase da sua infância.
Para que isto serve? Para curar as suas feridas do passado, em suma, sua pessoa adulta pode tratar, conversar, acariciar a criança que foi usando na imaginação.
E agora aproxime-se dessa criança ferida, sensível, temerosa e pergunte-lhe o que está passando.
Criança Interior: O que se Passa com Você?
Agora você pode entendê-la, beijá-la, abraçá-la, dar-lhe proteção, apoio e amor, em suma, faça isto e trate-se como você teria gostado que lhe tratassem na infância.
Dê-lhe carinho e compreensão abraçando-a forte e diga-lhe que a partir de agora que ela estará a salvo e que você cuidará dela como ela merece.
Também, brinque com ela, divirta-a e deixe que aflore sua espontaneidade.
Continue imaginando e visualizando que você leva sua criança aonde ela gosta e mais desejava ir quando era criança.
Que capricho e afetos desejava e não pôde tê-los? Que afetos lhe faltaram?
Agora você pode lhe dar o que deseja, saiam e se divirtam e quando sua criança interior se sentir motivada e alegre, volte ao quarto.
Deixe-a ali a salvo e despeça-se dela dizendo-lhe que cada vez que o necessite irá ajudá-la, compreendê-la e dar-lhe amor.
Os Efeitos da Imaginação
Se você realizou o exercício e acionou a sua imaginação você se dará conta de que suas partes mais inseguras, cruéis e temerosas provém de sua criança interior.
Trate de cuidá-la, querê-la e aceitá-la e você notará um desenvolvimento emocional, em suma, a sua auto estima ficará reforçada.
Os adultos que têm sua criança interior saudável não se reprimem quando querem fazer algo não próprio de adultos, por exemplo:
Passar por um parque e subir em um balanço, não vai importar o que as pessoas estranhem.
Os adultos com a criança interior ferida se reprimem quando desejam fazer coisas próprias da infância.
Desejam passar uma imagem correta, séria, de adultos sem se darem conta de que todos nós humanos temos a necessidade de voltarmos a ser crianças de vez em quando e que não é nada mau.
É imaturidade, pois, só deixaremos que nossa criança interior se divirta, em suma, os adultos que têm filhos podem voltar a divertir a sua criança interior quando brincam com seus filhos pequenos.
Quem nunca ouviu o pai gostar mais dos videogames do que o filho?
As pessoas adultas, sem filhos, tendem a reprimir mais seus comportamentos típicos de criança. Não chutam a bola e nem riem de qualquer bobeira.
É como se na idade adulta tivesse que, simplesmente, ser corretos e não ter comportamentos considerados imaturos.
O certo é que não há nada mais saudável que deixar que sua criança interior ser espontânea.
Não a reprima! A idade adulta, também, precisa de vez em quando aproveitar essa parte divertida.
Fonte: Mente Maravilhosa
Encontro com a Criança Interior
A criança aprende que o amor tem condições e que ela não é merecedora de amor, tal como é. Primeiro ela tem de se tornar merecedora e então seus pais a amarão.
E assim ela começa a se tornar merecedora e ao mesmo tempo, ao mesmo tempo, começa a se tornar falsa. (osho)
Procure um lugar isolado, perto da natureza, água ou luz e neste momento não compreenda, se desculpe e apenas sinta.
Quantas ordens mal compreendidas ou desejos insatisfeitos ou situações de medo e insegurança, enfim, quantas necessidades ignoradas.
Sinta a raiva que ficou escondia e armazenada em seu corpo todo este tempo provocando dores e doenças. O resultado deste veneno escondido foi por uma falsa compreensão, esquecimento ou sorriso amarelado.
Quantas reações repetidas vida afora a partir desses momentos que você pensava ter compreendido. Repita: Eu sinto muito, por favor, me perdoe, eu te amo obrigada!
Deixe sua atenção voltar-se para o centro do coração e do peito e explore seus polegares naquele ponto sensível no externo que fica entre os mamilos no centro do peito onde parece que se nota mais a pressão.
Deixe o seu foco continuar no o seu coração. Apenas sinta-o sob o osso e poderá sentir algum peso com algo denso que parece estar bloqueando o espaço abaixo.
Para alguns há uma dor muito sentida e expressiva neste ponto, nascida das perdas e dos medos de toda uma vida.
Criança Interior. Continuação
Não pense sobre ela agora, apenas sinta-a, pois, há nesta dor uma tristeza sobre à vida? Não crie nada! Apenas abra-se para que está sendo sentido.
Uma dor sem nome que deve estar aí por tanto temp quanto as suas lembranças mais antigas, pois, este é o lugar que sabe que as perdas são inevitáveis.
E a dor pelos milhares de seres que sofrem de fome neste exato momento e do medo de um dia vir a sofrer também.
Reflita sobre as defesas do seu coração e as couraças que parecem guardar os sentimentos alojados.
Repita: Eu sinto muito, por favor, me perdõe, eu te amo e obrigado!
Comece a pressionar este ponto sensível sentindo desconforto e dor, regule a intensidade da sensação pela pressão dos polegares empurrados, delicados, mas, firmemente, contra este ponto.
Veja como ele reage ao toque e sinta como a dor no coração repele a ação de seus dedos que, gentilmente, sondam e exploram o sofrimento mais íntimo.
Sinta a dor que mora dentro do seu coração e respire através dela, pois, deixe que seus polegares explorem esta área sensível mas defenda-se de qualquer tendência a usar esta dor como uma punição.
Deixe que seus dedos pressionarem a armadura que parece defendê-la dos sentimentos de perda, mágoa e ressentimentos.
Repita: Eu sinto muito, por favor, me perdõe, eu te amo e obrigado!
Criança Interior. Continuação…
Focalize a sua atenção em um único ponto de luz no centro da dor e vá fundo!
Não tente proteger o coração e mantenha uma pressão constante no peito e sinta todo o sofrimento guardado e solte a perda encerrada! Todos os medos e inseguranças e a auto desconfiança.
Renda-se aos sentimentos e deixe-os vir todos à tona e permita que a dor entre em seu coração indo ao encontro de alguma coisa que ainda tenta se esconder.
Permita seu coração ser completamente vulnerável e não tenha medo! Deixe o sofrimento dolorido aberto e não o afaste, enfim, aAbra-se para a mágoa mais profunda encerrada há tanto tempo aí…
Sinta o seu isolamento e solidão com a absoluta falta de controle sobre a morte ou sobre a vida. A impotência perante a dor física, o medo do desconhecido e a dor da perda do amor.
Há tanta mágoa em todos nós! Abra-se pra essa realidade e não julgue apenas. A experimente como ela é! Nada acrescentar e subtrair. Repita: Eu sinto muito, por favor, me perdõe, eu te amo e obrigado!
Criança Interior. Continuação…
Permita-se nascer, plenamente, mesmo em meio a dor desse processo. Entre na dor, respire através dela e deixe que a mágoa já tanto tempo guardada se dissolva e abra o seu coração.
É o momento de parir a si mesmo e parirás sem dor. Repita: Eu sinto muito, por favor, me perdõe, eu te amo e obrigado.
Use o que resta da dor como ela se estivesse em um túnel e leve-a através desse túnel até o centro do seu coração que é um universo de aconchego e proteção.
Sinta seu coração se expandindo e a dor apenas flutuando lá com o medo e a perda suspensos num universo de compaixão.
Repita: Eu sinto muito, por favor, me perdoe, eu te amo e obrigado.
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Criança Interior. Continuação…
Respire dentro do centro da dor do coração e deixe-a sair dele e do seu coração aberto passar por sua saudade, mágoa, raiva e resquícios de seu ressentimento.
Agora afaste as suas mãos do peito e as repouse juntas em seu colo sentindo a sensibilidade que permanece no centro do peito como se houvesse uma abertura em seu coração.
Um caminho por onde a dor pode escapar, inspire e expire a partir do seu coração e delicadamente por dentro do dele sentindo-o esvaziar.
A cada inspiração sugue a energia de aconchego e proteção e vá sentindo o alívio, a leveza, a paz dolorida que vai envolvendo você interna e externamente relaxando a cada respiração.
Repita: Eu sinto muito, por favor, me perdõe, eu te amo e obrigada.
Conclusão
A conclusão sobre a criança interior ferida é que essas experiências têm um impacto profundo na vida adulta de uma pessoa.
Feridas emocionais não tratadas podem afetar negativamente a autoestima, os relacionamentos, o bem-estar emocional e até mesmo a saúde física de alguém.
É importante reconhecer e lidar com a criança interior ferida, pois isso permite que a pessoa se cure e supere os traumas do passado.
Isso pode ser feito através de terapia, autoconhecimento e autocompaixão. Ao nutrir a criança interior, a pessoa pode desenvolver habilidades de autocuidado, aumentar a segurança emocional e criar relacionamentos saudáveis.
A conclusão é que é possível curar a criança interior ferida, mas é um processo que requer tempo, esforço e apoio adequado.
Com cuidado e trabalho interior, é possível alcançar a cura emocional e viver uma vida plena e saudável.